sexta-feira, 30 de abril de 2010

Espiritualidade


Eu queria agora apenas ser o vento que vem na minha direção
Ser o sentir dessa fruta dôce e da idéia singular que brotou neste instante
Não queria ser apenas adulta ou criança
Também não queria ser esse nome ou aquele corpo que vi na televisão

Poderia me deixar um pouco livre?
Poderia tentar compreender um pouco sem preconceitos e escudos?
Porque a compreensão é o que falta
E então não conseguem entender algo que é tão simples
Porque é somente a humanidade que permite essa visão
E precisamos dela
Por isso deixe-me ser só o meu sentimento
Espiritualidade
Temos que aprender a nadar atravéz dela
Para que possamos descobrir o que é essencial para todos

Ser pássaro
Ser nada quando não puder ser alguma coisa.Posso?
Ser o outro quando o outro sofre e precisa de mim
Ser fraca e forte
Ser também inútil quando não puder ser útil
Ser quarenta e não vinte
Ou ser vinte e não quarenta
Ser rosa ou azul
Ser amado ou amar
Simplesmente ser
Ser simplesmente

4 comentários:

N disse...

"Ser nada quando não puder ser alguma coisa. Posso?"
Acho que o sentido de se escrever é, primeiramente, se entender (ou se satisfazer), sendo secundário o que os outros pensem sobre o que foi escrito. O poema é ótimo. Veio ao encontro de mim mesmo, como uma locomotiva, hoje. Parabéns.

A Estrangeira disse...

Oi Marcelo,
Obrigada pela postagem.Tentei acessar o seu blog,mas o acesso foi bloqueado.Gosto de manter contato com as pessoas que entram no meu blog.Permita,se possível,que eu também possa interagir com o seu blog.Grata

A Estrangeira disse...

Oi Marcelo,
Obrigada pela postagem.Tentei acessar o seu blog,mas o acesso foi bloqueado.Gosto de manter contato com as pessoas que entram no meu blog.Permita,se possível,que eu também possa interagir com o seu blog.Grata

wonderwall disse...

Melhor desabafar na surdina do que ouvidos doutos te escutarem porque tem muita gente treinada e sem empatia por aí...