terça-feira, 17 de junho de 2014

Tributo ao amor

Afrodite perguntara aos homens o que é o amor enquanto os povos o retratavam por sua forma leve, doce e feminina.

Jesus Cristo perguntava aos homens o que é o amor enquanto esfomeados não dividiam o pão.

Buda tentara ensinar aos homens sobre o amor enquanto reinos se preocupavam tão somente com o luxo de suas realezas.

Um homem simples que caminhava diariamente na direção do mar, ao avistá-lo dizia: Obrigado Deus por estar vivo para que eu possa desfrutar dessa natureza!

Amor é quando nos tornamos conscientes de todas essas lutas e brigas sem sentido.
É quando percebemos que somos parte de um todo muito maior.
É quando paramos para sentir a brisa do mar e a voz da natureza.
É quando nos afastamos das nossas frustrações e guerras fúteis para ajudar aqueles que precisam de nós.

Amor é todo o esforço desses mestres para nos ensinar sobre o amor.

Para saber o que é o amor, há que vivê-lo,
Há que transmitir o amor,
Há que buscar o amor no fundo do peito,
Como uma mãe que sente o que seu filho sente em seu ventre-abrigo.



segunda-feira, 2 de junho de 2014

Vol 1 Poesias escolhidas Vozes de uma alma

Vol 1 Poesias escolhidas Vozes de uma alma, primeiro livro em que publico três textos meus juntamente com mais 84 autores.
O livro é dividido em três temas. Os temas são: amor romântico, espiritualidade e amor erótico.
Esse será o primeiro entre outros que virão. Estou vendendo cada livro por 20,00.
Para quem curte poesia vale muito a pena!
Quem quiser basta me avisar e entrego pessoalmente ou combinamos o envio.
Agradeço desde já aos que curtiram meus textos no face e aos que me proporcionaram a participação nesse projeto.
Quem se interessar basta deixar mensagem aqui no blog, no meu facebook (Flávia Negrini) ou pelo email negrinister@gmail.com.
Um beijo grande a todos!

A liberdade

Ser livre é estar desperto.
É quando a consciência vem à tona e percebemos quem nós éramos, quem nós sempre fomos.
Quando nos afastamos de nós mesmos ficamos reféns das tempestades, das tormentas e seres que ainda não sabem o que é o bem.
Quando achamos o nosso maior tesouro, quando entendemos que ele está em nós e não nas coisas exteriores.
Quando estamos no eixo e direção certos, somos mais fortes que as maiores quedas d'águas ou explosões do Universo,
somos mais livres que qualquer pássaro e mais luminosos que qualquer lua ou estrela.
A natureza nos fez assim: Todos almejamos essa liberdade, mas nos perdemos no meio do caminho.
Não podemos desistir de nós mesmos.
Da nossa liberdade: Nosso bem mais valioso.

A chave

No esforço de uma minhoca para se tornar borboleta
No olhar estático e lento de um beija-flor
Na preguiça aparente de uma coruja
No nascer do Sol de cada dia
No descanso de um felino
Na natureza que nos ronda está a chave: As respostas que tanto precisamos.
Na harmonia entre estrelas e planetas
Nas explosões cósmicas
Na gestação de um bebê
Nas nossas guerras interiores
Na natureza que nos cerca está a chave: As respostas que tanto procuramos
Basta sentir, observar, dar-nos tempo ao tempo e concluir
A chave está em nós.

Não sabemos

Vamos caminhar juntos
Enlaçar nossas mãos
Pois o amanhã já vem
E não sabemos...

Não sabemos se a aurora luminosa do hoje se reveste do véu negro de um futuro desconhecido e sombrio
Vamos nos unir
E que desse calor surja uma nova humanidade pela qual anseio como uma mãe que espera o filho que se foi e que nunca volta
Espero por ti

Por que nos iludimos tanto?
Até quando?
Nossa alma anseia por um reencontro
Mas precisamos de um norte
Para onde estamos indo?

Nossa consciência está abafada
É preciso revirar tudo outra vez
Resgatar nosso ser puro
Encontrar a essência humana
Pois o amanhã já vem
E não sabemos...
E não sabemos...

Nossas mãos estranhas se cansam de tatear sozinhas e em vão
É preciso caminhar juntos
Pois a união está na natureza
E não sabemos...
E não sabemos...

Paixão

A paixão é traiçoeira
Ela diz muito sobre o que somos
Já que através dela, por breves momentos, vemos a nós mesmos nos olhos de um estranho
E nele projetamos nossos desejos, nossos sonhos
Sem pensar se os do outro são também os nossos
Lá está nosso reflexo que pode ser real ou mera ilusão
Uma brincadeira que pode ser uma bela de uma rasteira
Uma armadilha para nossos corações que podem sair machucados e chorosos
Ou alegres e extasiados
Pode ser uma verdade, mas só o tempo nos dirá
Por isso não acredite nela
Num primeiro instante é preciso duvidar
Se quiser imaginar teus dias na sua presença
Faça dela um mero sonho
Aproveite sua dôce magia

A primeira paixão de Alfredo

Ah, aquele amor de Alfredo! A menina que lhe tirava o fôlego!
Ele ficava até com calafrios ao observar seus gestos tão delicados.
Aninha que lhe deixava assim, fogoso, a pensar nela o dia inteiro.
O garoto ansioso, sentindo seu coração palpitar dentro do peito,
Já não conseguia mais se concentrar em seus deveres de estudante.
Assim era aquela descoberta tão nova e excitante, aquela que lhe domina o corpo e nos faz perder a razão, tremer e até enlouquecer: a paixão.
Após as aulas, era atrás da capela que ele ficava esperando o aparecimento da moça.
Quando lhe roubou o primeiro beijo, sentiu o fogo do prazer lhe aquecendo por dentro.
Era só um menino vivendo o desabrochar da puberdade; o descobrimento da sua sexualidade.
Ainda não entendia bem o que sentia, mas quanta emoção já tinha!
Ah! Nossa primeira paixão! Uma verdadeira explosão!

O Divino

Na convicção de um idealista
Na persistência de um revolucionário
Na paixão de um artista por seu ofício
Na sanidade de um louco
Nos paradoxos da vida
Nos nossos tropeços e provações
Na lógica dessa energia cósmica
Permeando entre espaços infinitos: O Divino
Denominações humanas para o irracional: Buda, Alá e Jesus Cristo.
Uma busca mística incessante
Amparo na dor e sentido ao belo
Não importando sus forma ou nome: O Divino
Princípio que rege tudo que existe
Curiosamente, até os céticos, estarão a te procurar.

Recanto

No teu ser me inspiro e fico a te contemplar, querido.
Quando meus passos não me guiarem na direção certa,
É no teu colo que buscarei conselho.
Teu ombro amigo, recanto.
Levo comigo a tua presença distante, uma lembrança.
Nas tranças da solidão, sei que um dia repousarei.
Sei também que nessa hora estarás comigo.
Em silêncio, na tua luz buscarei abrigo.
Lar de pensamento; não sentirei mais frio.

domingo, 1 de junho de 2014

O Natal da vaca mansa

A vaquinha que pastava
Ouve o sino que batia
Alegre na capelinha
No findar daquele dia.
O que será que acontece?
Todo ano nesse dia?
Perguntava a vaca mansa
Realmente, não sabia
Foi andando pra capela
E chegando bem pertinho
Viu lá dentro no seu berço
Um bonito garotinho
Viu Maria, viu José
Viu carneirinhos, um burrinho
Foi entrando devagar
E juntou-se ao grupinho
E assim formou-se o presépio
São José, Nossa senhora
A vaquinha e o burrinho
E Jesus nascido agora
Todo ano na capela
Toca o sino, toca o sino
Venham todos festejar
Nasceu o Jesus menino

Os porquinhos

Dois porquinhos cor-de-rosa.
Que acabaram de nascer.
Saíram despreocupados.
Para o mundo conhecer.
Dona porca ansiosa.
Procurava seus filhinhos.
Ninguém viu, ninguém sabia.
Coitados dos seus porquinhos!
Perguntam ao Seu Alfredo: Não viu os meus bacurinhos?
Não senhora Dona porca.
Eu não vi os seus porquinhos.
Viu os meus porquinhos Seu gato?
Não passaram por aqui?
Dois porquinhos cor-de-rosa?
Não senhora, nunca vi.
Vou perguntar ao cachorro
Se passaram por aqui.
Dois porquinhos bem bonitos,
Dona porca, eu não vi.
E Dona porca nervosa.
Não achava seus filhinhos.
E resolveu perguntar
A todos os passarinhos.
Um bem-te-vi muito alegre
Que passava devagarinho.
Pousou no ombro da porca
E lhe falou bem baixinho:
Não se aflija Dona porca,
Nem procura por aí.
Olhe bem para seus filhos.
Eles estão bem ali.

A bela fazenda

Era uma bela fazenda.
Cheia de encantos para mim.
Tinha uma bela moenda.
Tinha vacas, tudo enfim.
Nas tardes de Sol eu ia.
Passear dentro da mata.
E dali a gente ouvia.
O barulho da cascata.
De manhã eu trabalhava
De tarde só brincadeira.
Corridas dentro da mata
E banhos na cachoeira.
Se chovia eu ficava.
Na varanda com o Tião.
Ele contava histórias.
Dos tempo que já lá vão.
E quando a noite chegava
Tocava seu violão.
E com jeito sossegado
Cantava uma canção.
Quando meu pai me buscava
E levava pra cidade.
Eu pensava na fazenda.
Me lembrando com saudade.
Se queres saber das coisas.
Que tenho para lembrar.
São todas as coisas boas.
Coisas tristes nem pensar.
São todas as coisas belas.
Os riachos, o luar.
As flores e nuvens brancas.
Campos verdes, verde mar.
São as belas cachoeiras
As florestas, os ninhais.
São as folhas dos pinheiros
E o vento nos milharais.
Os raios de Sol
E até os temporais
Com todos os seus rugidos]
E os fortes vendavais.

A abelhinha

Era uma vez uma abelhinha
Alegre e trabalhadeira.
Voava de manhã cedo
Pra longe da colmeia.
Quando encontrava uma flor
Avisava as companheiras.
Elas corriam para lá
Apressadas e ligeiras.

Era uma vez uma abelhinha.
Alegre e trabalhadeira
Voava de manhã cedo
Pra longe da colmeia.
Colhia todo o néctar
E levava pra colmeia.
E no final da tardinha.
A dispensa estava cheia.
Tinha mel no mês de Agosto.
Tinha mel de Fevereiro.
Cada um tinha seu gosto.
Cada um tinha seu cheiro.
Alimentavam-se todas.
Daquele mel tão gostoso.
Na colmeia que ficava
Num cajueiro frondoso.

A corujinha

Se eu fosse uma corujinha
Não queria nem saber.
Ficava quieta num canto
Esperando anoitecer.

Anoitecendo eu saía
Pra caçar os meus bichinhos
E passava a noite inteira
Enchendo bem o meu buxinho.

Amanhecendo eu voltava
Pro galho do Burití
Onde fica a minha casa
No bosquinho bem ali.

Chegando a noite eu voltava.
A caçar bela e faceira.
Olhava tudo e voava
Feliz à minha maneira.

Uma linda borboleta

Uma linda borboleta
Pousada no meu jardim.
Quando fui chegando perto
Voou pra longe de mim.

Eu não queria pegá-la.
Só queria olhar pra ela
Pra ver bem de pertinho
Uma coisa tão bela.

A borboleta tem medo
E é bom que seja assim
Pois tem muita gente boa
Mas também gente ruim.

O peixinho

Se eu fosse um peixinho
Do fundo do mar
Viveria contente
Feliz a nadar.

Nadava pra longe
Nadava pertinho
Nadava ligeiro
ou devagarinho.

Se visse outro peixe
Chegava pertinho.
Se fosse um amigo.
Abanava o rabinho.

Fresquinha é a água
Suave é nadar.
Que bom ser um peixinho
Do fundo do mar.

SESSÃO INFANTIL DE POESIAS DA VOVÓ

A CASA DA MINHA AVÓ

Gostamos muito da casa da nossa avó Andrela.
Lá brincamos, lá brigamos.
Vivemos junto com ela.

Passamos o dia todo na casa da vó Andrela
E a noite também ficamos pra dormir na cama dela.

Nós três atravessadas na cama larga e macia
Acordamos descansadas na manhã do outro dia
E assim passamos o dia na casa da minha avó
Revirando a casa toda.
É bagunça de dar dó.

Desfilamos pela casa com as roupas da vovó.
Camisolas bem compridas e echarpes de dar nó.

Às vezes nós costuramos almofadas com rendinha
E assim nos distraíamos toda a manhã e à tardinha.
Tomamos banho juntas com a banheira bem cheia.
E ali então brincamos, uma hora, hora e meia.

Toda a tarde tem um bolo,
feito por nós ou por ela.
Um dia de chocolate,
outro de cor amarela.

Tarde da noite acordadas
Queremos brincar e rir.
A vovó já bem cansada: Nada disso, vão dormir!

A Cintia não quer comer.
Diz que não gosta de nada.
Do feijão, da carne assada, muito menos da salada.

Flavinha come franguinho.
Priscila come feijão.
As duas comem batata
Cintia come macarrão.

A Priscila quer caldinho
De bife ou de feijão
Mas depois na sobremesa
Diz que não quer mamão.

Nossa avó faz costurinhas.
Faz bordados, faz tricô
E ainda tem muitos livros
guardados por meu avô.

Tem alguns livros de história.
Muitos de estudo e romance.
Estão todos guardadinhos
Arrumadinhos na estante.

Beija flores na janela
Bebem água açucarada
Barriguinhas amarelas
Também vêm em revoada.

E daqui a muitos anos
Depois que a vovó se for
Lembraremos desses dias
Com saudade e com amor.

Obs: Esse texto e os demais textos infantis, que seguem na sequência acima, são todos de autoria de minha avó Andrelina e foram escritos quando ela ainda era viva, especialmente, para suas três netas. Quis registrá-los aqui para mantê-los sempre na lembrança e para que outras pessoas também possam lê-los.