domingo, 15 de março de 2009

Desconhecimento


Eu fujo aos padrões sim
Por isso não tenho identidade
Sigo meu rumo pelo mundo
Sou estrangeira de mim mesma

Branco e preto
Mar e céu
Rica e pobre
Doce e rude
Pacata e rebelde

Mel e fel
Passado,futuro e presente
Certeza e incerteza
Constância e inconstância

Querem dizer quem sou
Mas nunca saberão
Serei sempre eu
No mais secreto íntimo
Não importando o que pensem

Vivo intensamente sim
Buscando a mim mesma entre experiências e até ilusões
Não sei dizer exatamente quem sou
Porque me conheço mais e menos a cada dia

Só sei que um dia o Sol talvez brilhe por mim e para mim
Reconhecendo o meu valor sem julgamentos revestidos de hipocrisia
Provavelmente,eu não saberei
Mas isso não será relevante

2 comentários:

Anônimo disse...

Flávia, te vejo como uma diplomata
Tua embaixada é sua morada
Ti mesmo cada dia de imagens
mesmo que seja atemporal
Você organiza por data
por momento, por sentimento
Por palavras geniais:
Estrangeira no seu próprio mundo
Observando cada detalhe,
cada imagem de quem você é
Isto me remete a história de Moisés
Será que ele era egípcio estrangeiro e nobre
Ou será ele apenas um judeu pobre?
Você para mim é uma estrangeira nobre!!
O rico e o pobre!!
Fantástico
bjão

Flávia Negrini disse...

Obrigada Pedro.Acho que ainda não tinha lido esse seu comentário.Gde bjo.Vc que é um grande poeta!